Em nova videoconferência, na tarde de ontem, os prefeitos dos 18 municípios da Amurel decidiram por prorrogar a validade dos atuais decretos (assinados no dia 26 de junho) – acrescidos de novas medidas e restrições – até a próxima quinta-feira. Com a decisão, um novo decreto que passaria a valer hoje foi invalidado.
Na última sexta-feira, empresários do ramo da gastronomia de Tubarão e região fizeram uma carreata como forma de protesto às novas restrições que passariam a valer a partir de hoje. Entre as medidas estava a redução do horário de atendimento ao público e o fechamento aos finais de semana, podendo haver apenas tele-entrega. Após a manifestação, representantes dos empresários foram recebidos pelo prefeito Joares Ponticelli.
Depois da reunião com o setor de gastronomia, os prefeitos voltaram a se reunir e apresentar alguns pontos ao comitê de saúde, quando também foi decidida a prorrogação do decreto anterior.
Junto com a prorrogação dos decretos atuais, os municípios ampliaram as restrições em pelo menos dois pontos: um deles é a redução da permissão de atendimento de qualquer estabelecimento para apenas 40% da capacidade; o outro é a intensificação da fiscalização e novas determinações para o acesso de pessoas aos estabelecimentos, como, por exemplo, as filas de bancos e lotéricas, que poderão conter apenas 15 pessoas, e o acesso aos supermercados, por apenas uma pessoa por família. Todas as demais medidas continuam valendo, como pode ser conferido no decreto 5135/2020, de Tubarão.
Outra situação que foi alterada com a reedição do decreto foram jogos de futebol profissional, que agora também estão proibidos, continuando possíveis apenas os treinos, dentro dos protocolos exigidos. Isso fez com que a partida entre o Atlético Tubarão e o Concórdia, pelo Campeonato Catarinense, marcada para amanhã, tivesse a realização cancelada na cidade.
Para o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, “não é fácil tomar qualquer decisão sem o completo embasamento, sem que todos os lados sejam ouvidos, sem que os critérios e regras legais sejam obedecidos. A única recomendação que tem algum consenso é a do afastamento social, por isso vamos tentar, de imediato, diminuir as aglomerações nos locais onde hoje ocorrem”.